sexta-feira, 17 de junho de 2011

A hora da morte nos quadrinhos

Hoje vou falar um pouquinho sobre a morte nos quadrinhos e animações.
Eu escolhi falar um pouco sobre a morte porque existem diferenças interessantes sobre um tema tão difícil, quando observarmos como a morte é vista no mercado ocidental e oriental.

Para os ocidentais, a morte sempre fui um tabu muito grande, e um grande dilema. Os heróis norte-americanos nos quadrinhos dificilmente morrem, afinal de contas, eles são heróis, não é mesmo?

Nos comics, um dos primeiros super-heróis a morrer foi o Super-Homem. Como todos vocês já sabem, o modelo de comic de super-herói está em baixa e isso já está assim há muito tempo.
Lá pelos anos 90, as vendas de edições do Super-Homem estavam em baixa, então, com uma grande jogada de marketing, a DC Comics resolveu anunciar a Morte do Super-Homem (Death of Superman, no original, DC Comics, 1992 - 160 páginas).




Escrito por Roger Stern, Dan Jurgens, Jerry Ordway e Louise Simonson, com arte de Dan Jurgens, Tom Grummet, Jon Bogdanove e Jackson Guice e, arte-final por Bret Breeding, Dennis Janke, Doug Hazlewood e Denis Rodier, foi um dos grandes lançamentos da editora para aquela época.

O sucesso foi muito grande, pois os leitores não imaginavam como o super-herói mais famoso da editora podia ter morrido. Lógico que nosso herói também teve um retorno do mesmo tamanho, dando roteiro até para o surgimento de novos personagens: o Super-boy, Aço, Ciborgue e Erradicator.

Tá certo que o Super-Homem já tinha sido, ¨morto¨ por Jerry Siegel, seu co-criador em 1948, mas na minha sincera opinião de m&#da, esse é o grande problema da morte para os heróis das comics: eles nunca morrem de verade! Eles estão sempre de volta!

Estamos no ano de 2011, e já estão programadas mais mortes no universo dos quadrinhos americanos, já anunciadas: a morte de Johnny Storm, o Tocha-Humana, do Quarteto-Fantástico, e até a morte do Homem-Aranha.





Pra falar a verdade, eu até já sei que eles vão voltar, então, esse tipo de marketing comigo não funciona...já até meio que estou esperando o retorno do Homem-Aranha...agora, do Tocha-Humana...acho que ele vai virar cinzas de verdade. Vamos ver.

Na Marvel, também temos várias outras mortes e retornos, recentemente foi anunciada a morte do Noturno, dos X-Men.


NO UNIVERSO MANGÁ E ANIMÊ

Já no oriente, especificamente no Japão, morte tem um significado dem definido: morte.

Quem vai, não volta mais. Tudo bem, em Yu-Yu Hakusho, temos um personagem que volta para a vida, mas faz parte do roteiro: ele morre para voltar à vida como caçador de demônios. Em Bleach, Ichigo também volta para ser um Deus da Morte.

Mas vocês perceberam que a morte é o início do enredo? Lembro-me de situações interessesantes: na animação ¨Patrulha Estelar¨ (ou, no original 宇宙戦艦ヤマト - Uchū Senkan Yamato ) no último capítulo, a nave estelar que dá o nome ao animê é destruída, e seus tripulantes morrem.

O impacto foi tão grande para o público norte-americano que eles reformularam o final para que tudo ficasse bem no final.

Lembro também quando no desenho Zillion (no original, 赤い光弾ジリオン, Akai Kōdan Jirion), no episódio 13, A única chance, surge um personagem chamado Kempi, que ajuda aWhite Knight numa missão, e ele acaba morrendo. Foi a primeira morte que eu me lembro de ter visto num animê exibido pela Rede Globo...leve em consideração que ele foi apresentado no Xou da Xuxa! Eu quase não acreditei! Esse personagem nunca mais voltou.

Nos mangás, o tema é recorrente. Os personagens que morrem, poucos voltam para a trama. Mesmo no mangá One Piece, de Eichiro Oda, que é um mangá bem cômico, a morte da mãe da Nami foi triste.






Recentemente no mangá do Naruto, especial do Kakashi Gaiden, a morte do Obito também foi triste. Esses personagens morrem e não voltam mais para a trama, pode acreditar. A morte tem um significado muito forte na cultura japonesa.





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